Desde 2010 o Programa Nacional de Imunizações disponibiliza para crianças de dois meses a dois anos de idade a vacina meningocócica C  que tem por objetivo prevenir a meningite e a meningococemia  pelo sorogrupo C. A imunidade  é sorogrupo específica , isso significa  que se a pessoa for vacinada para o sorogrupo C ela só terá proteção para este tipo de meningite.

Nas clínicas privadas estão disponíveis as vacinas polissacarídicas conjugadas monovalentes para os sorogrupos C a partir de dois meses de idade, as polissacarídicas conjugadas quadrivalentes para os sorogrupos ACWY, a partir de 1 ano de vida e a vacina desenvolvida através da vacinologia reversa para meningococo B a partir de dois  meses de vida.

Houve redução importante das formas graves causadas pelo meningococo C nas crianças menores de quatro anos nos últimos cinco anos em função da introdução da vacina no Programa Nacional de Imunizações em 2010, mas nas outras faixas etárias não se observou diminuição dos casos pelo sorogrupo C. Em todas as faixas etárias também não se observou redução de casos pelos outros sorogrupos (B, W Y).

Várias são as razões para esse acontecimento, entre elas o fato das crianças e dos adolescentes que não estão imunizados poderem ser portadores dos meningococos em sua orofaringe e transmitir a doença mesmo sem adoecer.

 A transmissão da meningite se faz basicamente através do contato entre uma pessoa doente ou portadora da bactéria (mesmo que assintomática) e outra pessoa susceptível.  Saliva, secreções respiratórias, fala, beijo, aglomerações, ambientes fechados, são fatores que facilitam a transmissão das meningites.

Entre os meningococos, os mais frequentes no Brasil são os dos sorogrupos C, B, W e Y.

Em 2014 considerando os menores de um ano, os meningococos C representavam cerca de 42% dos casos, os meningococos B cerca de 42 % e os sorogrupos W e Y cerca de 16 % .  Se considerarmos todas as faixas etárias, em 2014 o sorogrupo C ocorreu em cerca de 70 % dos casos e o B em cerca de 20 %.